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Vírus do Facebook ataca de novo

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Mensagem por BlueSkydream Qua 1 Abr - 11:41

Vírus do Facebook ataca de novo

Se receber na sua caixa de mensagens do Facebook uma missiva com o título "You"re verry seexy on thhis vidd. i envyy yoou" (algo como "Estás muito sexy neste vídeo. Invejo-te" num inglês muito duvidoso) e um convite para observar um vídeo num link que lhe fornecem, ignore-a. Trata-se de uma nova variante do Koobface, o vírus do Facebook (Koobface é um anagrama do nome da rede social), detectado pela primeira vez no Verão passado e que, desde então, tem afectado outras redes sociais da Internet.
Ao clicar no link, será redireccionado para um site similar ao YouTube onde, caso tente ver o vídeo, será avisado que deve instalar a última versão do Adobe Flash Player. Claro que, se decidir fazê-lo, ficará infectado. A partir de então, sempre que realizar pesquisas nos seus motores de busca habituais será conduzido para sites menos conhecidos, expondo-se a fraudes como o roubo de informação pessoal ou dos dados do seu cartão de crédito. O vírus enviará também mensagens semelhantes à que recebeu para a sua lista de contactos, tentando que outros utilizadores mais incautos sejam infectados.
Até hoje, o Facebook tem-se recusado a dar quaisquer informações sobre o número de utilizadores atingidos pelo vírus, garantindo apenas ser uma percentagem pequena. Caso seja um dos infelizes contemplados, instalar um programa de anti-vírus actualizado e corrê-lo deverá ser suficiente para eliminar a ameaça. Depois, mude a sua senha de acesso.
Cinco falhas de segurança numa semana
Para além da nova versão do vírus, a companhia de segurança informática Trend Micro detectou no início do mês quatro outras falhas de segurança no espaço de uma semana. Ao fazer o download das referidas aplicações, os utilizadores acabam por dar aos hackers acesso ao seu perfil, permitindo-lhes, por exemplo, vigiar as suas actividades na rede e reencaminhar para a lista de amigos mensagens que incentivam ao download de programas que escondem outros vírus.
A colocação de aplicações maliciosas é possível já que o Facebook abriu a sua rede aos programadores, permitindo-lhes criar dezenas de milhar de aplicações com o objectivo de tornar a rede melhor e mais atraente.
Apesar do vírus em si não ser, tecnicamente, algo novo, os peritos em segurança informática temem que as redes sociais se tornem um viveiro propício à propagação deste tipo de ameaças. Se ao longo dos anos as pessoas aprenderam a desenvolver um sentimento de desconfiança em relação a links e anexos suspeitos nos e-mails que recebiam, as redes sociais estão ainda, de certa forma, associadas a um sentimento de conforto e segurança que tornam alguns utilizadores mais incautos.
"O Koobface e outros códigos maliciosos que afectam redes sociais são especialmente perigosos pelo facto de utilizarem métodos de propagação relativamente recentes, o que faz com que existam muitos mais utilizadores dispostos a corrê-los nos computadores sem as necessárias precauções", explicou ao Expresso Rui Lopes, director técnico da Panda Security Portugal (ver entrevista). "Representam a primeira geração de malware para redes sociais, e provavelmente antecipam uma nova geração de ameaças muito mais sofisticadas", alertou.
Três perguntas a Rui Lopes, director técnico da Panda Security Portugal

Que ameaça representa o Koobface?
O Koobface e outros códigos maliciosos que afectam redes sociais são especialmente perigosos pelo facto de utilizarem métodos de propagação relativamente recentes, o que faz com que existam muitos mais utilizadores dispostos a corrê-los nos computadores sem as necessárias precauções. Representam a primeira geração de malware e provavelmente antecipam uma nova geração de ameaças muito mais sofisticadas. O facto de o Koobface permitir nos PCs infectados a execução remota de comandos por parte do seu criador faz com que possa ser utilizado para todo o tipo de actividades maliciosas, com o máximo de danos para os utilizadores. Além dos computadores com este malware poderem distribuir spam ou participar em ataques de negação de serviços, os dados pessoais neles contidos podem ser furtados e utilizados para fraudes financeiras e outros esquemas de roubo de identidade.
Como devem proceder os utilizadores para prevenir e, se necessário, eliminar o vírus?
A utilização de uma boa solução de anti-malware, preferencialmente capaz de detectar ameaças desconhecidas através do comportamento, e que maximize as capacidades de detecção através da Internet pode não apenas prevenir a infecção como eliminá-la em computadores que já tenham sido afectados. Tecnicamente, o Koobface e outro malware que tem surgido para as redes sociais é até agora relativamente trivial, pelo que se aplicam as regras mais comuns: ter uma solução de segurança actualizada e activa, nunca abrir anexos de e-mail e mensagens com links suspeitos (por exemplo, mensagens noutra língua que não a habitual) sem validar o seu conteúdo junto do remetente e utilizar regularmente soluções de pesquisa baseadas na Web, como o ActiveScan ( www.activescan.com ), para obter uma segunda opinião sobre o estado de segurança do PC.
O facto de o Facebook permitir a criação livre de aplicações não o torna mais vulnerável a vírus?
A disponibilização de interfaces de programação que permitem activar funcionalidades suplementares nestas redes tornou-se num vector de propagação perfeito para uma nova geração de ameaças: a adição de funcionalidades comporta perigos que podem ser tecnologicamente explorados, a popularidade das mesmas faz o resto no que diz respeito à sua transmissão. A situação não pode ser erradicada sem o auxílio dos provedores de conteúdo, não só através da abertura do código mas também de uma normalização tecnológica entre todas as plataformas sociais, que facilite a criação de normas de segurança. Os browsers também terão um papel fundamental. O futuro destes é actualmente incerto, sendo possível que o próprio conceito caminhe para a extinção, fundindo-se com o de sistema operativo. As aplicações Web podem muito bem ser o principal software do futuro. Com o crescente número de funcionalidades presentes a partir da rede, as interacções com a Internet estão a crescer exponencialmente em complexidade tecnológica, com todos os riscos que daí advêm. Por essa razão, qualquer estratégia para combater este tipo de ameaças passa também por uma evolução das capacidades e da segurança dos browsers. As soluções anti-malware devem ser a última linha de segurança de um processo que começa pelo estabelecimento de boas práticas.


http://clix.expresso.pt/virus-do-facebook-ataca-de-novo=f506370
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